Tal o primeiro dia do resto da minha vida
A cada lugar teu , lugar comum dos zés do telhado
Não sei de cor nem de Bragança a Lisboa
E desconfio que o pecado mora ao lado.
Assobiando as melodias mais bonitas
Por ruelas e calçadas, tu, deixas-me a rir
Parto assim rumo à maravilha,
Rumo à dor que houver para vir.
Vim ver os aviões sozinho
Fazer do meu amor clandestino e pasmacento .
Desfazer o teu sonho numa sazonal desfolhada,
Agarrar não só as palavras, mas o momento.
Amigo frágil a quem virem as costas
De que é que estás à espera?
De estar bem onde não estás,
De Telepatia ou simpatia do circo da fera?
Pergunto-me: Onde está esse teu Porto sentido,
O Jeremias o fora da lei, o louco de Lisboa
Esse ladrão enamorado que já foi conquistador
Que já orientou o norte pela proa?
Ai Portugal Portugal!!!
Ouvi dizer que estás frágil
Que depois do adeus ficaram os coros de velhas
E se foram os putos…os putos!!!
(a utilização das designadas aspas neste texto é, de facto, imprescindível. No entanto, nesta colectânea dá trabalho extra e- convínhamos – a minha vida não é isto )
Um “aperto-de-bochecha-com-a-parte-lateral-esquerda-do-indicador-direito-em-força-contrária com-a-base-do polegar direito” (parem de olhar para as mãos se fazem favor)